Meus passos caíram dos meus sapatos,
para fora dos degraus.
Cansados de mim. Meus itinerários.
Meus pés desperdiçados.
Meu coração desperdiçado.
Lábio da alma. Meu externo.
Um susto no lugar da cabeça. Um peito dobrável.
Meus olhos náufragos.
O dia circulou o mundo de um janela à outra
e a manhã
amanheceu como seu eu fosse noite.
Faca luminosa
abriu estas páginas na cama.
Leu meu futuro
nas minhas mãos congeladas.
Um milhão de olhos apenados.
O espelho dobrou-se
negou-se o meu reflexo.
Estalou o destino.
Depois o trovão.
Vai, minha alma! Vai
e segue minha pequena asa!
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